A fome atingiu 19 milhões de brasileiros durante a pandemia de Covid-19 em 2020.
Considerando os diferentes graus de insegurança alimentar, 116,8 milhões de pessoas no Brasil foram afetadas no ano passado, o que corresponde a 55,2% dos domicílios.
Os dados são do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, produzido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).
A pesquisa foi realizada no momento em que o auxílio emergencial foi diminuído de R$ 600 para R$ 300 e de R$ 1.200 para R$ 600 (para mães solo), afetando assim a renda de milhões de beneficiários.
Entre os domicílios que receberam o auxílio, 28% passaram fome de forma moderada ou grave, enquanto 37,6% viveram insegurança alimentar leve.
Já entre os que não receberam, 10,2% passaram por insegurança grave ou moderada, e a maior parte deles viveram em segurança alimentar (60,3%).
A nova rodada do auxílio emergencial irá pagar valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. No entanto, com a alta do preço dos alimentos, muitas pessoas ainda irão precisar de doações para se manter.
A fome atingiu 11,1% das casas chefiadas por mulheres. Já nas casas que são chefiadas por homens, a taxa cai para 7,7%.
Ainda, apenas 35,9% das famílias de mães solo têm a alimentação garantida. Em relação aos homens, o número sobe para 52,5%.
Quando a pessoa de referência é negra, a fome está presente em 10,7% das casas. Quando ela é branca, a fome está em 7,5% dos lares.
No Norte, 18,1% das famílias passavam fome. No Nordeste, eram 13,8%. Centro-Oeste (6,9%), Sudeste (6%) e Sul (6%) tiveram índices menores.
A pesquisa foi feita durante os dias 5 e 24 de dezembro, em 2.180 domicílios nas cinco regiões do Brasil.
Por isso a importância de sua doação ao Iasal, que desenvolve projeto social para comunidade. Nosso instituto ajuda diversas famílias com alimento, tentando diminuir essa porcentagem da fome em nosso país.
FONTE: Observatório3Setor